As características do tema trabalho também investigadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD retratam anualmente a situação da força de trabalho do País, captando a desocupação e as formas de inserção das pessoas ocupadas no mercado de trabalho e a sua remuneração. Os resultados apresentados mostram a evolução de características selecionadas e as diferenças por sexo nas formas de inserção na força de trabalho.
O nível da ocupação, de 2013 para 2014, apresentou expansão de 55,8% para 56,8%.
De 2013 para 2014, a participação dos empregados na população ocupada caiu de 62,0% para 61,0%. O percentual de pessoas com carteira de trabalho assinada também apresentou queda, de 64,3% para 57,9%, na população dos empregados, assim como no contingente de trabalhadores domésticos (de 32,8% para 27,2%).
Em 2014, o confronto das distribuições dos homens e das mulheres mostrou que as participações dos não remunerados, trabalhadores na produção para o próprio consumo e, especialmente, dos trabalhadores domésticos na população ocupada feminina continuaram mais elevadas que as da masculina. Entre os empregados e trabalhadores domésticos, o percentual de pessoas com carteira de trabalho assinada na população masculina permaneceu maior que na feminina. Já na categoria dos militares e funcionários públicos estatutários, a participação feminina manteve-se maior que a masculina.
Em termos de horas trabalhadas, houve aumento, de 2013 para 2014, na concentração de pessoas que trabalhavam habitualmente de 40 a 44 horas por semana, mantendo a tendência de crescimento deste grupo, que representava 33,5% da população ocupada, em 2004, e subiu de 45,4%, em 2013, para 46,3%, em 2014. Os resultados de 2014 mostraram que o percentual de pessoas que trabalhavam menos de 40 horas semanais na população feminina (38,1%) continuou acentuadamente maior que na masculina (19,2%).
A participação das pessoas em atividade agrícola na população ocupada passou de 14,5% para 14,6%, de 2013 para 2014, mantendo a estabilidade. Em 2004, este percentual estava em 21,2%. Em 2014, o contingente de quem trabalhava menos de 40 horas por semana representava 51,1% das pessoas ocupadas em atividade agrícola e 23,3% daquelas em atividade não agrícola.
No período de 2007 a 2014, o rendimento médio mensal real do trabalho mostrou tendência de crescimento, que foi mais acentuado a partir de 2011 mas perdeu força em 2014. O nível do rendimento de trabalho dos homens manteve-se nitidamente mais elevado que o das mulheres. Em 2014, o rendimento médio de trabalho das mulheres representava 74,6% daquele auferido pelos homens.